O holocausto nosso de cada dia

03/11/2014 13:14

Como muitos sabem sou vegetariano, mas nao do tipo proselitista, se me perguntam o porque exponho meus argumentos e cada um receba como quiser (de forma positiva, negativa ou indiferente). Nao sou do tipo extremista radical, acredito que podemos viver em harmonia com os animais nao humanos em um tipo de simbiose como a que nossos ancestrais viviam a milênios atrás e como algumas culturas ainda persistem em viver. O motivo deste texto foi uma matéria que saiu revista Caros Amigos desetembro de 2014, cujo titulo e "Metas enlouquecem trabalhador", escrita por Lilian Primi. A reportagem trata do aumento dos casos de afastamento por motivos psicológicos e psiquiátricos de trabalhadore(a)s por motivos diversos. O ponto que mais me chamou a atenção foi a citação de um estudo de pós graduação da UnB feito por Marcelo Augusto Finazzi Filho, onde entre outras estatísticas ele cita que na empresa Perdigão os funcionários que trabalham nas linhas de corte de aves e suínos de 12% a 13% respectivamente, tinham pensamentos suicidas. Agora imagine: se o setor possui 100 funcionários de 12 a 13 já pensaram em se matar, e que outros tipos de pensamentos mórbidos também já não brotaram na mente destes profissionais. Que tipo de pressão estas pessoas sofrem? " temos que aumentar o número abates!". Imagine uma pessoa passar de 8 a 12 horas por dia esquartejando centena de animais, que tipo de impacto isto pode causar na mente humana? Imagine este ritual macabro repetido ao longo de anos. Como disse no começo do texto não sou radical ao ponto de ser contra quem mata uma galinha ou até mesmo um  porco do mato para saciar a fome de sua família por alguns dias. Sou contra esta industria insana que amontoa e mata milhões de animais para gerar lucros para uma meia dúzia de acionistas e fazendeiros. Os resultados estão ai, pestes doenças e conflitos nos campos entre outras catástrofes.